terça-feira, 17 de dezembro de 2013

As três fases do desenvolvimento de Órion

Bem vindos, eu sou Min-Rá, filha de Og-Min, o guardião estelar. Quero contar-lhes a história da transformação do grande campo estelar de Órion.

Antes das eras em que o filho do Uno Universal chamou à vida este Universo, todas as estrelas e todos os seres estavam envoltos na vibração da harmonia dourada. Logo os seres tomaram consciência de que havia diferentes dimensões neste Universo, e começaram a perceber as diversas vibrações. Cada vez mais a percepção foi se tornando uma avaliação e ganhando espaço. Abria portas e portões às hostes caídas. E então o filho amoroso criou este Universo, no qual os filhos de Deus fazem sua escolha e, como os filhos e filhas “perdidos”, podem encontrar o caminho de volta à casa paterna.
Não esqueçam isso, enquanto ouvem a história dos campos estelares de Órion.

Na fase das vibrações douradas, o filho do Uno Universal enviou a Órion, dos salões do Sol Central, oito seres que haviam concordado em servir como guardiões daqueles mundos.
Esses seres construíram sua morada nas três estrelas às quais vocês dão o nome de estrelas do Cinturão de Órion.




Ali reinava, havia muito tempo, uma vibração diferente daquelas encontradas nos outros corpos celestes deste grande campo estelar. A estrela central forma o “Olho” de AN, aquele portal que será cruzado por Gaia, e com ela o sistema solar de vocês, na viagem de volta.
Os oito seres divinos pesquisaram os mundos e, cheios de alegria, descobriram que eram mundos materiais. Admitiram em suas assembleias um conselheiro de cada estrela, e assim formou-se o Conselho Supremo de Órion.
Eles voltaram a Al Nilam para deliberar sobre os meios de aumentar a felicidade e o bem estar sem seus campos estelares. Os mundos queriam desenvolver-se imbuindo de espírito a matéria preexistente e habitando-a. Eles lançaram ao Universo o aviso de que todos os que se encontravam no desdobramento da matéria seriam acolhidos ali calorosamente.
Durante a fase dourada, surgiram muitos viajantes das estrelas solitários que se uniram para sondar esse mundo da matéria. E eles todos viviam e se desenvolviam em paz e companheirismo. Encontraram meios de desvendar o segredo das rochas e, em benefício de toda a sociedade, começaram a canalizar as águas até então ocultas.
Quando as notícias de um mundo material alcançaram as escolas de Sirius, muitos de seus habitantes – sobretudo os que estavam estreitamente ligados aos seres de Lira – decidiram ir a Órion para sondar as leis da matéria e estudar a forma do triângulo naqueles níveis. O Conselho Supremo de Órion deu-lhes as boas-vindas, permitindo que investigassem todos os mundos.
Ali, finalmente, eles conseguiram a manifestação no corpo e descobriram que a tensão entre o “+” e o “-“ mantinha coesa a matéria.
Quando, depois de certo tempo, seus vastos conhecimentos os induziram a se sentirem como criaturas superiores, começou a formar-se uma sociedade hierárquica na qual haviam senhores e servos – assim vocês os chamariam em seus idiomas terrenos.
Muitos viajantes das estrelas vieram a esses mundos, com diferentes intenções.
Logo o abismo entre servos e senhores tronou-se intransponível, principalmente quando os senhores começaram a praticar o comércio com outros mundos. Pois, através do conhecimento dos segredos “ + “ e do “ – “, era-lhes possível retirar elementos das rochas, que acumulavam em si energias imensas. E todos os mundos materiais necessitavam dessas energias, por terem esquecido que a verdadeira energia é o alento de Deus ( vácuo quântico ?? )

Esta situação tornou tão profundo o abismo social, que alguns senhores começaram a olhar seus servos com desprezo.
O conhecimento se transformara de tal modo em poder que a “massa servil” pouco a pouco foi levada a acreditar que realmente era de menor valor. Foi assim que surgiu, através da cisão entre matéria e percepção, a fase vermelha do campo estelar de Órion.
Os oito guardiães solares do Conselho Supremo deram início a uma série interminável de diálogos com os oito guardiães dos mundos, pois conheciam os sofrimentos do povo e para eles, que tinham vindo da Unidade, essa situação era intolerável.
Os guardiães dos mundos, contudo, sentiam que a rigidez era um fenômeno natural, pois, segundo seus conhecimentos, a forma surge a partir da matéria adensada. Decidiram esperar o desenvolvimento da situação, observando tudo em silêncio, para mais tarde poderem sondar-lhe o sentido.

Como de costume, os recém chegados apresentavam-se diante do Conselho Supremo e, após deliberações, a cada um deles era conferida a posse de um mundo. Mas essas deliberações tronavam-se a cada dia mais morosas., uma vez que aumentavam as divergências de opinião entre os guardiães solares e os guardiães dos mundos. Os guardiães Solares perceberam, com sua sabedoria, que a ilusão da separação finalmente se estabelecera também em sua dimensão. Meditaram no Uno Universal e assim aprenderam que a harmonia da criação do Universo faria com que aquela ilusão desaparecesse por si só. Sentiram, nas profundezas do Eu, que haviam concordado em fazer a jornada através do sofrimento. Mas sempre iriam lembrar da Unidade que repousava no âmago do Eu, que haviam concordado em fazer a jornada através do sofrimento mas sempre iriam lembrar da Unidade que repousava no âmago do Eu.
E assim chegamos à escolha do primeiro líder espiritual em toda a história do Universo. Com o título de “Príncipe da Paz”, tinha como missão manter na consciência a Unidade e falar sobre o sentido da Unidade.
O Príncipe da Paz pediu aos guardiães dos mundos que escolhessem um representante da Justiça, pois queria percorrer seus mundos a fim de restaurar a paz e a justiça. Saibam, amados irmãos, que a justiça é sempre derivada do material, mas a paz é derivada do Ser Uno.

A missão a que eles se propuseram, nas névoas da separação, nunca seria cumprida; com o fracasso dessa missão, eles começaram a exaurir-se. Buscaram medidas corretivas, escolhendo novos representantes a intervalos regulares, mas com isso só se fortaleceu ainda mais a “experiência” da separação.
O Príncipe da Paz sentia-se superior em sabedoria aos mais jovens, e assim a arrogância fez a sua entrada. O vale de lágrimas se abrira.
Mesmo depois de muitos e muitos ciclos de governo, não lhes foi possível restaurar a paz e a justiça. Todos estavam exauridos.
Surgiu então um viajante da estrela em trajes negros, acompanhado de sua comitiva, que lhes mostrou como ele próprio e seu povo podiam transformar a matéria em “Luz”. Esse ser vestido de negro propôs oferecer essa tecnologia ao campo estelar, se lhe fosse dado espaço.
Pela primeira vez em muito tempo, o Conselho Supremo de Òrion conseguiu unanimidade – aquela energia de “Luz” era com certeza a solução esperada. Os conselheiros solares lembravam-se de sua luz solar, enquanto os conselheiros dos mundos há muito tinham como seu maior objetivo transformar a matéria em luz.
O Príncipe da Paz que então reinava consultou seu coração e examinou os negros viajantes das estrelas. Embora também impressionado com aquela nova tecnologia, ele notou a ausência da Centelha da Unidade naqueles senhores vestidos de negro. Recomendou cautela, mas por fim chegou-se ao acordo de que aquele viajante, cujo nome era Karon, poderia com seu povo habitar o mundo de Rigel.
Foi assim que os Senhores Negros entraram em Órion; e foi assim que a fase negra teve início.

Mas os senhores negros e seus acompanhantes eram anjos caídos, tão profundamente mergulhados na matéria que a centelha divina desaparecera totalmente de sua memória. Eles atormentaram a matéria por muito tempo, até cindirem seu núcleo divino. Com isso, podiam fazer surgir aquilo que chamavam de “luz”, uma forma de energia que devia sua força descomunal à quebra da Unidade Divina.
Em Rigel, os senhores negros começaram a construir suas negras cidades e sua minas. Com explosivos, rasgavam o coração das montanhas e abriam túneis e cavernas e, com a liberação dos resíduos venenosos, poluíam as águas.
A população adoeceu. A água pura tornou-se o artigo mais cobiçado; ante a promessa de um gole de água pura, as pessoas deixavam-se escravizar e trabalhavam nas minas em condições de indescritível miséria.
Quando finalmente a água pura se esgotou em Rigel, os senhores negros armaram um exército, atacaram Saiph e subjugaram esse mundo. Depois consquistaram Bellatrix e Betelgeuse.
Os mercenários da primeira hora observaram que sobre cada mundo por eles conquistado logo se abatia a mesma calamidade, e começaram então a transmitir suas experiências ao povo de Betelgeuse.
Os líderes de Betelgeuse, criaturas amantes da paz, amavam seus penhascos e seus belos canais. Solicitaram audiência aos senhores negros, tentando chegar a um acordo pacífico. Mas depararam com uma inflexibilidade de granito. Os senhores negros se enfureceram – nunca antes acontecera de escravos se erguerem contra eles. Isso para eles era intolerável !!
Eles próprios já não davam mais valor à água pura, pois há muito tempo tinham se adaptado aos resíduos venenosos.
Atiraram na prisão os líderes de Betelgeuse e os torturaram por tanto tempo, até que acabaram por arrancar deles os nomes dos traidores. Prenderam esses mercenários e neles implantaram minúsculas chapas metálicas, através das quais podiam saber, a qualquer momento, onde eles estavam, o que eles viam, o que diziam e o que faziam. Essas chapinhas metálicas eram ligadas por fios, da espessura de um fio de cabelo, a todos os centros nervosos que governam as sensações corporais. Quando uma das vítimas queria fazer alguma coisa que não estivesse nos planos dos senhores negros, eles enviavam impulsos que faziam a criatura dobra-se de dor. Como vocês veem, os senhores negros eram bastante engenhosos !

Eles acabaram percebendo que, através da dor, praticamente tudo podia ser alcançado. Por isso, continuaram seus experimentos em Betelgeuse, e conseguiram aperfeiçoar a técnica de implante e fazer conexões tão perfeitas que beiravam a genialidade. Logo aquelas criaturas, antes livres, haviam se transformado em robôs sem vontade própria. Através desses seres “artificiais”, os senhores negros alcançaram seus objetivos com muito mais rapidez, já que em sua central observava-se tudo o que cada um fazia sem eu ambiente.
E então se dispuseram a colocar sob seu controle todo o campo estelar, principalmente o Conselho Supremo e o Olho de AN. Para esse objetivo, alguns de seus cientistas fizeram experiências com as células dos escravos. Segundo o princípio da divisão nuclear, decompuseram as células de suas vítimas e tentaram, com essas partes, criar novos seres que fossem semelhantes aos originais e agissem como eles. Assim, criaram os clones, que reabasteciam as fileiras de seus exércitos como receptores de ordens sem vontade própria.
Graças aos escravos, conseguiram também uma célula do representante da Justiça de Betelgeuse, pois o Príncipe da Paz  e o representante da Justiça continuavam ainda em sua interminável missão. Os senhores negros estavam agora em condições de clonar o representante da Justiça e substituí-lo. Com isso, o Conselho Supremo de Órion nunca chegaria a qualquer decisão e vaguearia, como todo o povo, pelo vale de lágrimas.
Quanto mais espaço ganhava a não-luz, mais o Príncipe da paz e os guardiães solares lembravam-se da Unidade original e descobriram, após longa contemplação, as diminutas centelhas divinas no coração dos senhores negros. Isso lhes permitia diferenciar os clones das personalidades reais. Sempre que eles se uniam em amor com essas centelhas divinas, os senhores negros recuavam, pois este era um segredo que não compreendiam e, por mais que o tentassem, nunca foram capazes de descobri-lo. ( E parece que hoje em dia uma grande parte da humanidade está assim )
Apesar desse saber, os guardiães solares foram obrigados a ceder aos senhores negros os corredores aéreos de cada mundo, simbolizados pela espada da Constelação de Órion. Devido a isso, perderam contato com as naves que ali aportavam e dali decolavam.
As estrelas do Cinturão de Órion, porém, estavam protegidas por seu conhecimento da essência divina, uma vez que metade dos habitantes de cada uma dessas estrelas se compunha de descendentes diretos dos guardiães solares, sendo assim portadores da Sabedoria Divina.
Esses seres eram os guardiães da luz e reuniam-se constantemente em sessões nas quais fortaleciam o coração e instruíam a alma, de modo que gradualmente recuperaram as capacidades telepáticas que tinham caído no esquecimento. Vivendo em permanente oração e constante invocação, eles sabiam que no extremo do vale de lágrimas uma nova manhã iria raiar.
Com a ocupação e transformação dos corredores aéreos, as notícias sobre os acontecimentos em Órion logo alcançaram os outros mundos estelares.
Mesmo que de início os senhores negros tenham conseguido várias vezes clonar alguns viajantes das estrelas, através dos quais puderam atacar outros mundos, muito rapidamente secou a corrente de naves de luz para Órion. As sementes da violência, porém, tinham irrompido... E o Universo foi abalado.
Os salões de Og-Min estavam cheios de tristeza e em todas as comunidades estelares os seres meditavam sobre uma solução e pediam ajuda ao Pai e ao Filho.


Que a oração eterna de Og-Min esteja com vocês. Eu sou Min Rá. Bênçãos.

Do livro "Os caminhos das estrelas - A cura da dualidade."






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